O tempo, infinito tempo, em que te abracei.
O tempo das memórias.
O tempo da tua voz.
O tempo, inacessível tempo, dos nossos beijos.
Inatingível tempo do Nós.
O tempo das memórias fingidamente esquecidas do futuro tempo sonhado.
O tempo das lágrimas, queridas lágrimas.
O tempo da incerteza.
O tempo do carinho.
O tempo do nada e da tristeza, na tua ausência.
Este tempo em que te digo:
- Fala-me, não pares de falar. Ouvindo-te tenho a certeza de que sou real, e de que também tu és, fora de mim, real.
Manuel António Pina
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**És parte de mim, longe de mim... fazes-me falta
ES
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