se enfastia;
quando a noite se destaca
da cortina;
quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
quando a força de vontade
ressuscita;
quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
e quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz livida, a palavra
despedida.
David Mourão-Ferreira
2 comentários:
Mas só até ao dia seguinte, nem chega a ser despedida...
O lusco-fusco em fins de tarde memoráveis.
Por vezes despedi-mo-nos muitas vezes, para não termos de nos despedir...nunca. Porque as verdadeiras despedidas são definitivas.
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