nem seu reflexo lunar
levo as asas nos bolsos
e o coração a planar
neste voo nocturno
nao sei onde vou aterrar
sinto as nuvens nos meus pulsos
e o leme sempre a consentir
sao sempre os mesmos ossos que eu insisto em partir
neste voo nocturno só quero mesmo resistir
neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno nao sei onde vou acordar
em baixo há manchas no canal
mas eu nao as quero ver
poeira ou plano está frio
e as helices a ferver
o nariz do avião
só obedece a quem quiser
agora nao existe nada
o meu motor ou ralentim
vou revendo em surdina
tudo o que eu vivi
neste voo nocturno
a madrugada veem ai
neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno nao sei onde vou acordar
Jorge Palma
2 comentários:
São os caminhos dos sonhos.
Abraço a ti.
Voos nocturnos....Quem os não tem?
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