quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Confluência

Abrigo no peito, como a um inimigo que temo ofender,
Um coração exageradamente espontâneo
Que sente tudo o que eu sonho como se fosse real,
Que bate com o pé a melodia das canções que o meu pensamento canta,
Canções tristes, como as ruas estreitas quando chove.

Álvaro de Campos

3 comentários:

Teresa do Mar disse...

O coração aninha-se como um hospedeiro, parece ter vontade própria, independente. Por isso tantas vezes nos atraiçoa.

Eduardo Ramos disse...

A vida é mais alegre que a tristesa que apregoa.

Basta ao acordar e olhar pela janela e dizer:
" Quem bom chove! Um óptimo dia para trabalhar sem estar com pena. Ir ao cinema porque nos apetece e namorar."

Gasolina disse...

Gosto de chuva.
E gosto de canções tristes.
E de ruas com pouco movimento.
E de sonhos.
E de fingir.

Um abraço em ti.