sexta-feira, 31 de julho de 2009

Quimera De Mim

Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.

Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
Maria Teresa Horta

1 comentário:

AnaMar (pseudónimo) disse...

Um poema imperdível. E há perdas que julgamos ter e afinal...