segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os Meus Quartos Em Metades De Outros

Esta será, talvez, a forma mais prática e mais simples de nos conseguirmos prolongar, fazendo com que a nossa imagem permaneça viva na cabeça dos outros.
Perdemos, nisto, uma parte de nós próprios; sabemos que nos falta qualquer coisa, e que essa qualquer coisa que não conseguimos definir, e que é sem dúvida um pedaço da nossa alma, foi retalhada do nosso ser por esse olhar que nos fixou, e levou consigo a imagem em que a nossa essência encontrara a sua mais completa expressão, deixando-nos um vazio que não conseguimos definir, porque para isso precisaríamos das palavras de quem nos roubou a nós próprios.

Nuno Júdice

1 comentário:

AnaMar (pseudónimo) disse...

Estou absolutamente apaixonada por este blogue.
Pena que não seja meu... :-)

Identifico-me com cada trecho, em cada dia.
Faz-me bem...